Após exatos 7 meses Stephen B. Darr em seu relatório afirma que Telexfree foi uma pirâmide financeira

A Telexfree dizia operar uma empresa de marketing multi-nível envolvida com serviços de voz sobre protocolo de internet (VOIP), mas eles estavam, na realidade, perpetrando uma pirâmide financeira que envolveu um milhão ou mais de participantes.
A Telexfree e uma filial localizada no Brasil, conhecida como Ympactus Comercial Ltda. (“Ympactus”), obtiveram juntas  1,8 bilhões dólares americanos a partir de indivíduos localizados em todo o mundo num período de cerca de dois anos. Pouco depois da Telexfree pedirem o Capítulo 11, a Comissão de Valores Mobiliários da Divisão de Massachusetts (SEC) iniciou contra a Telexfree e outros uma intensa investigação alegando, entre outras coisas, que a Telexfree, se ocupava na venda fraudulenta de títulos em violação de numerosas leis de valores mobiliários.”

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Com estas palavras o interventor Stephen B. Darr, nomeado pela Corte para administrar a Telexfree, no seu pedido de recuperação judicial (Chapter 11), começou o seu primeiro Relatório de Status , fornecendo um resumo destes 7 meses de atuação.
Alguns dados já lidos e entendidos:
– Em última análise, o administrador acredita que ele tenha sido
capaz de separar participantes da Telexfree americana “de participantes da Ympactus através de uma análise forense do banco de dados.
Foi possível identificar o país de origem para as contas bancárias do participante,
endereços de correio eletrônico, e endereços de correio físicos. Através de um exame desses dados
o administrador acredita que pode identificar os participantes envolvidos
– 25 mil pessoas apresentaram preenchendo formulário eletronicamente ou impresso, queixa contra telexfree. (10 mil pelo formulário do FBI e 15 mil pela SEC.)
– 46 computadores/servidores que contêm mais do que 20 terabytes de dados apreendidos.
– Não havia nenhum manual de instruções ou documentação de qualquer tipo sobre o sistema back office. O banco de dados foi desenvolvido por
programadores brasileiros; portanto, todas as referências de campo estão em Português. Aos desenvolvedores aparentemente faltava a experiência para criar e gerir um sistema dessa magnitude. Como resultado, muitas modificações foram feitas no sistema, de forma desordenada e desorganizada.
– O sistema da Telexfree é cheio de dados “sujos” por causa de esforços restritos na validação de dados. Por exemplo, qualquer aplicação moderna de nível empresarial na web teria controles para evitar a entrada de caracteres alfabéticos ou especiais em campos de número de telefone. Os devedores não tinha tais proteções de validação, e no campo, por exemplo, de um número de telefone poderia ser escritos outros caracteres além de números: “zzzz ### zzz1111zz” se desejado. (era um sistema muito podre, falho e amador)
– Numerosos problemas foram detectados no validador de correio eletrônico. Os participantes puderam entrar com qualquer informação desejada no campo de correio eletrônico (email), tal como no exemplo acima.
Qualquer moderna aplicação web de nível empresarial exigiria validação de email, onde um email é informado e outro é enviado pelo sistema com um link para ativar uma conta e confirmar a existência dele. Mas na Telexfree não era assim. Só a partir de meados de 2013 é que isso foi implantado, mas nunca efetivamente necessário.
– Nove (9) instituições financeiras que tiveram relações bancárias com a Telexfree foram ouvidas e entregaram documentos ao Trustee (Stephen B.Darr), incluindo: Fidelity Bank, Wells Fargo, Bank of America, Citizens Bank, Digital Credit Union, Orient Bank, JP Morgan Chase, TD Bank e Banco Santander.
– Seis (6) empresas que forneceram serviços de processamento de pagamento entre e Telexfree e participantes do esquema de pirâmide foram também chamados e apresentaram relatórios. Entre elas elas: Gglobal Payroll Gateway Sistemas de Pagamento Internacional, ProPay, Inc., Argus Pagamentos, e Allied Wallet.
– Três (3) empresas que prestaram serviços de consultoria para a Telexfree ou de outra forma se acreditava ter tido negócios com ela também foram arrolados: Ciao Telecom, Telecom Logic, e OPT3 Solutions.
– Nos documentos complementarem ao relatório também tem toda a mecânica do esquema de pirâmide, o estado dos bens dos devedores, livros e registros, e as informações a respeito participantes (divulgadores).
- Telexfree, Inc. é uma empresa de Massachusetts que, antes de fevereiro de 2012, foi
conhecida como Common Cents Communications, Inc. (“Common Cents”). Common Cents foi incorporada em 2002 por Wanzeler, Merrill, e Labriola. Após os acionistas da Telexfree, Inc. foram Wanzeler e Merrill
- Telexfree, LLC é uma empresa de Nevada, que foi incorporado por Wanzeler,
Merrill, e Carlos Costa, residente no Brasil, em julho de 2012 e registrada para fazer negócios em Massachusetts, em abril de 2013. Após a empresa passou a ser de
Wanzeler e Merril.
- Telexfree Financial, Inc. é uma empresa da Flórida formada em 2013. Após a
informações e de crença, Telexfree Financial, Inc. é uma subsidiária integral por Telexfree, LLC.
* Carlos Costa teve anteriormente uma participação acionária na Telexfree. No outono (americano) de 2013  Costa diz que a vendeu para Merrill.
– No início de 2012, Wanzeler, Merrill, e Carlos Costa mudaram o nome da Common Cents
para Telexfree, Inc. para o nítido propósito de utilizar uma plataforma de marketing multi-nível para vender voz sobre o serviço de telefone pela internet.
– Em julho de 2012, Wanzeler, Merrill, e Carlos Costa formaram a Telexfree, LLC, supostamente para lidar com transações Telexfree fora de Massachusetts.
Os devedores (Telexfree) começou a operar o esquema de pirâmide, na primavera de 2012.
– No segundo semestre de 2012 até meados de 2013 a brasileira Ympactus chegou a ter entradas de 100 milhões de dólares mensais, crescendo muito mais que a matriz americana.
– Do final de 2013 até o fechamento em 2014 a Telexfree americana obteve mensalmente 50 milhões de dólares.
Também com base no relatório fica claro que Créditos foram manualmente cedidos diretamente no saldo de conta de um participante.
Aproximadamente 151 milhões dólares americanos de créditos manuais foram emitidos a determinados participantes do esquema.  . Os créditos fictícios eram vendidos por dinheiro real para outros participantes, caracterizando “uma fraude” dentro da “fraude maior”.
Acompanhe este blog para mais detalhes ou confira o documento original de mais de 33 páginas disponível no site da KCC somente em inglês.
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